terça-feira, 30 de setembro de 2008

Aspectos Críticos da Consciência Ocidental na Antiguidade Clássica

Foi do dia 15 a 19 de Setembro de 2.008 que realizou-se na Faculdade Dehoniana de Taubaté a 4ª Semana Filosófica.

No dia 15, apresentei um visão pessoal sobre a temática direcionada para a Antiguidade Clássica, até Sócrates.

Três crises foram analisadas, as chamadas: Crise Solipsista, a Ciência Jônica e a Crise Antropológica.

Meu foco foi na Crise da Consciência, a Consciência Crítica e a Crítica da Consciência desenvolvida nesses três momentos históricos de crise.

Abaixo segue o vídeo dividido em 5 partes pode ser visto no Youtube nos seguintes endereços :

Parte 1: http://br.youtube.com/watch?v=6LZ-g8hzJ8c
Parte 2: http://br.youtube.com/watch?v=SjIjVmJ9XeI
Parte 3: http://br.youtube.com/watch?v=VhaZoOM8zHc
Parte 4: http://br.youtube.com/watch?v=UDmeOt2rTuo
Parte 5: http://br.youtube.com/watch?v=cB-zXuK7TsA

O texto base da apresentação pode ser baixado em pdf no endereço:
http://discovirtual.uol.com.br/disco_virtual/gil-jr/Filosofia/

Senha da pasta: filosofia

Arquivo: aspectos_criticos.pdf

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Reflexões Metafísicas II

Ontologia, Epistemologia, Ética e Existência...

Percebo cada vez mais que a questão ontológica se entrelaça com a epistemológica toda vez que tendemos a questionar se aquilo que dizemos de uma coisa pode ter respaldo no que pode ser observado e vivenciado no contado com essa coisa.

Se a Ontologia se preocupa com o fundamento daquilo que percebemos como realidade, ela precisa se perguntar como, racionalmente, podemos ter acesso a esse fundamento para entende-lo, descreve-lo e conhece-lo. Precisa se perguntar se esse acesso também nos revelaria um propósito nas coisas ou se esse fundamento apenas caracteriza a coisa sem que seja possível, sem tomada de pressupostos, inferirmos propósitos ou objetivos a priori.

Questionar esses elementos é fazer uma crítica da Ontologia sem, contudo, invalidar seu campo investigativo como quis muitos filósofos ao perceber o quão difícil era saber se existia esse fundamento ou se o homem poderia ter acesso a ele.

A questão da corporeidade está intimamente ligada a esses questionamentos. O estatuto cartesiano que separa a mente do corpo, radicalizando a dualidade platônica, concebe que teríamos acesso às coisas sem que tenhamos de nos deixar afetar fisicamente por elas. No entanto, enquanto seres corporificados no mundo, nada do que possamos racionalizar é concebido em nós sem que nosso corpo e nossa mundianidade participem. Logo, investigar as essências e fundamentos das coisas é inferir racionalmente como essas coisas, no mundo, nos afetam em suas aparições fenomênicas.

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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Prêmio Dardos

Eu tenho a impressão que isso vai pegar... Senti-me tão bem ao receber a indicação de minha amiga Elis (Professora Elis do Sobre Educação) que é impossível não aderir a essa idéia. Para quem quiser saber mais, leia o post da Elis no blog dela > Meme a quem é de Meme....

Em suma, cada um de nós iremos indicar 15 Blogs ao Prêmio Dardos. Na verdade não sei se isso dará um prêmio de verdade, mas a ação da memória, de levar em conta, de lembrar quem nos é relevante, deveria ser tônica de nossas ações.

Tenho discutido muito sobre perspectivas... As coisas, em si mesmas, nessa pós-modernidade que desconstrói constantemente os "deveres-ser" de tudo, parecem não ter sentido. Aliás, a realidade e a própria existência, excetuando-se seus fins nelas próprias, parecem não ter um sentido que possamos dizer com propriedade qual é. No entanto, somos, enquanto humanos, construtores de sentidos... E o respeito, a vontade de congregar idéias, pensamentos e sentimentos, parece ter sentido próprio, pois independente de condicionamentos, nos sentimos bem quando somos lembrados. E por que não nos forjarmos a lembrar de quem nos faz, conosco, história ?

Esses blogs que eu indico aqui para o prêmio Dardos, de alguma forma me ajudaram a fazer minha própria história, pois em algum momento me fizeram refletir sobre minha condição de existente e ser-no-mundo em construção. Em algum momento fizeram-me ver que sem eles eu seria menos completo em minha mundianidade. Os premio então como agradecimento, respeito e profundo carinho, pois mal ou bem, essas pessoas, por traz de suas idéias, me tornaram o que sou...

Meus 15 indicados....

Dançar a Vida - Aline
Frenesy - Cris Correa
Daniel Pianista
Minestrone a Bolognesa - Caio e Paula
Filosofia Traduzida - Ezequiel
Moto Notícia - Rodrigo SP
Descontrole de Pensamento - Harry
Retalhos da Mente - Manoel
Lingüística - Cris Cunha
Sobre Educação - Professora Elis
Mundo Em Movimentos - Sérgio Coutinho
Eclipse Mental I - Yedra
Theorein - Carol
Constantin- Idéias Filosóficas
Marcelo Maurício - Crônicas e Cotidiano
De Rerum Natura

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domingo, 14 de setembro de 2008

Aceitar a Realidade

Aquele ser humano que usa a Filosofia para olhar o mundo não "aceita" a realidade. Ele a perscruta, quer entende-la, quer sonda-la para descortinar-lhe seus fundamentos e motivos.

Isso não se constitui uma fuga covarde. Não ir ao encontro cômodo de aceitar as coisas como elas são, exige um ato de coragem que faz com que sua consciência tombe perante aquilo que parece ser, mas pode não ser. Mesmo os que nos legaram um sentido objetivo e positivo da realidade e da natureza em si, não a aceitaram antes que a considerasse em "crise", isto é, antes de quebra-la em partes e critica-la para inferir os motivos dela ser como ela é sob suas próprias perspectivas.

Esse negócio de "aceitar" a realidade, parece ser mais afeito à Filosofia Oriental; contemplativa. Sem nenhum demérito, claro, até por que tem sua contrapartida no Estoicismo, cuja aceitação da fatalidade e manter-se equilibrado diante dos movimentos é o mote principal. Talvez isso seja uma fuga, mas não necessariamente covarde. Não existe covardia alguma na Filosofia. Tanto a inação contemplativa oriental, quando a ação crítica que provoca cisões na realidade são atos corajosos que procuram levantar nossa consciência frente as crises intelectivas que a tombam perante nossas percepções.

Mas não podemos esquecer que o que nos chega da realidade em nós passa pela percepção e depois sofre uma interpretação interna; associativa, relacional e inferencial. É bem provável que tenhamos acesso  apenas a uma parte ínfima e não-substancial do que intuímos ser a realidade, e tomamos essa parte como o todo, partindo para conceituar tudo com base nisso.

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